terça-feira, 14 de outubro de 2008

VC TEM UM FILHO DOWN ??? CONTE SUA HISTÓRIA

Ele começou.

- A menina esta ótima, seu hapgar foi 9.6, mas tem um probleminha.
- Qual doutor?
Muito constrangido ele continuou.
- Ela está ótima, mas nasceu com SINDROME DE DOWN!
- Porra! Imagine se fosse um problemão, respondi e sentei muito abalado em um sofazinho de couro, na sala de espera onde nos encontrávamos. O mundo desabou na minha cabeça. Fiquei totalmente desnorteado, o que passou pela minha mente não tem descrição, não tem palavras para descrever. A sensação de medo e impotência foi realmente enorme.Cansei de conhecer e ver Downs na rua, mas todos com mais de 20 anos e de repente um bebê vinha com problemas para meus braços.
Interessante... Em minuto algum senti revolta ou coisas do gênero, a aceitação foi pronta, mas... Minha maior preocupação era de como dar a noticia para minha esposa e como seria a reação dela, pois como eu, os planos dela eram muitos. Pretendia voltar a trabalhar, colocar em pratica suas idéias que, aliás, eram inúmeras. Publicitária que é gostaria de voltar a ativa o mais rápido possível. E agora?! Retornei à capela e agradeci a Deus, pois por algum motivo ele tinha me presenteado com uma criança Down. Não perguntei os porquês e sim aguardei saber os para quês deste acontecimento.

(Trecho do livro AOS TRANCOS E BARRANCOS - Kappel, Luiz Antônio Hecker)

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AGORA, SE VC TEM UMA CRIANÇA DOWN OU CONHECE ALGUMA E SABE DE ALGUMA HISTÓRIA, CONTE-NOS...(é só postar no comentário abaixo)

Um comentário:

  1. Amigo Kappel!
    Nos últimos anos tenho convivido com familias em que há integrantes com a síndrome.
    Devem existir graduações, mas o que tenho visto surpreende. Dessas familias todos concluiram o segundo grau , trabalham, e tem um que pega onda comigo lá em Torres. E com óculos escuro de surfista ninguém se apercebe.
    Disso aprendí que uma familia engajada em amparar, estimular e conduzir, os coloca praticamente integrados na sociedade, capazes de levarem a vida após a passagem dos pais, com dignidade.
    Acredito que ter um filho com a síndrome, é uma missão espiritual, uma maneira que Deus faz de centrar pai e mãe na função maior em nossa estada no planeta. A de cuidar do próximo, de amar os seus, de cultivar o amor.
    Parabéns Kappel e familia!
    Do amigo Jorge

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